As discussões sobre desempenho e sucesso das empresas tendem a encaixar, neste caso usando o significado de manter em caixas, os temas correlatos de uma forma naturalmente de baixo desempenho – se está preso dentro da caixa nunca vai alcançar seu potencial.
Para ficar em três dos temas bastante falados vou me limitar a discutir os que aparecem com mais frequência nas discussões na WEB (vide Google Trends), liderança, marca e propósito.
Falamos de liderança com o foco maior e às vezes único no líder. Pouco sobre o liderado, exceto que é uma massa disforme que será moldada pelo líder empreendedor em um pensador de Michelangelo. Se você está atento, já corrijo que a obra é de Rodin.
Falamos de marca com o foco no que vai atrair os clientes como moscas ao mel e comprar o nosso produto independente se ele precisa ou não e com o preço que você definir. E aí esquecemos do líder, dos liderados e do pensador.
Falamos de propósito em termos sempre pomposos e etéreos. A empresa pensou, a alta gestão determinou, e agora coloca à disposição aos mortais, e quase almejamos ser um filósofo grego em sua confortável toga recostado em um daqueles sofazinhos, bebendo bom vinho, comendo queijo de cabra e azeitonas colhidas sempre no entardecer, pensando em como esclarecer à massa ignara o que é o propósito. E esquecemos do líder, do liderado, do pensador, do cliente.
Não adianta líderes, liderados, marca e propósito excepcionais se não houver a discussão de como alinhá-los todos os dias em todos os níveis.
Uma empresa de sucesso, seja qual seja a definição de sucesso que ela adota, fala de liderança, de marca e de propósito fora de suas caixas de forma coordenada e recursiva. E para isso ela fala muito em alinhamento (este termo aparece pouco nas discussões). Alinhar a liderança com os liderados em torno das características da marca e sempre tendo em mente os propósitos que a empresa declara é mais um contribuidor para transformação que leva à excelência.